A Romaria d’Agonia realiza-se, este ano e pela primeira vez, em nove dias de festa, de 14 a 22 de agosto. Sentimos já há vários anos uma maior afluência, mas este ano, através da realização do estudo feito sobre o impacto social e económico da Romaria d’Agonia, temos dados concretos que o confirmam. Assim, distribuímos os vários quadros emblemáticos, permitindo que as pessoas usufruam com mais qualidade da maior Romaria de Portugal.
A Romaria d’Agonia é feita por pessoas para as pessoas, é de todas e de todos. É um sentimento de pertença e de amor inexplicável o que faz dela a Rainha das Romaria… tão única e especial.
É intergeracional, a cada ano que passa reunimos mais jovens que aprendem, participam e mantêm as tradições, garantem o futuro da Romaria d’Agonia.
Ainda hoje a Romaria de Nossa Senhora d’Agonia mantém alguns dos aspetos mais genuínos daquela que é a mais tradicional festividade do país e que anualmente traz mais de um milhão de pessoas a esta cidade do norte de Portugal.
A Romaria em Honra de Nossa Senhora d’Agonia nasce em 1772, pela devoção dos homens do mar, que pedem proteção à padroeira. A festa foi crescendo e junta hoje a devoção, a história e a riqueza etnográfica, valendo-lhe o título popular de “A Romaria das Romarias de Portugal”.
Dita a festa que se acorde ao som dos foguetes, enquanto de fundo se ouvem por toda a cidade os bombos e as concertinas. Nos dias de festa não faltam os desfiles das mulheres com os seus trajes e a sua “chieira”, envolta em peças únicas de ouro tradicional.
E assim, Viana do Castelo torna-se na maior montra de ouro, palco de tradições únicas, dos tapetes de sal que a fé alimenta, ao fogo-de-artifício que fecha cada dia de festa que começa por entre o alvoroço e as brincadeiras dos gigantones e cabeçudos.
Queremos que vivam e sejam felizes nesta Romaria que é feita ao pormenor, com muita fé e amor.
De noite e de dia… SOMOS TODOS ROMARIA
No cartaz da romaria deste ano, por entre as ondas que embalam a cidade de Viana do Castelo e as memórias dos elementos mais marcantes desta festa, surge a jovem Ana Rita Ramos de Passos envergando um Traje à Vianesa. O Traje usado pela mordoma da festa retrata os usos em moda entre o final do século XIX e a 1ª década do século XX. Assim, em vez dos típicos motivos florais, usualmente associados a estes trajes, vemos o singelo uso de padrões, predominantemente geométricos. Mais ainda, o uso de meio lenço amarelo, sobre o peito, permite-nos também restringir esta moda às freguesias de Meadela, Perre e Santa Marta de Portuzelo.
Da autoria de Sónia Marta Cepeda Moreira e com fotografia de Hugo Manuel Passos de Sousa, a memória descritiva deste cartaz apresenta:
A Lavradeira e o Mar
Para celebrar a considerada Romaria das Romarias de Portugal, foi elaborado este cartaz cujos principais destaques são a chieira da mulher vianense e os vários elementos que caracterizam as nossas festas.
A jovem mordoma enverga um Traje à Vianesa de lenço amarelo ao peito transmitindo o orgulho na história e tradição que se difunde de geração em geração.
Como fundo são representados os Antigos Paços do Concelho, monumento icónico situado na Praça da República, palco de muitos momentos da Romaria. Os cabeçudos e zés pereiras estão presentes simbolizando o espírito e alegria vivenciados quer pelas gentes de Viana, quer pelos milhares de pessoas que se juntam nos dias da festa. A honra e devoção tão intrínsecas estão representadas quer pela imagem de Nossa Senhora d’Agonia, quer pela sua igreja. Um dos ex-líbris da Romaria, a Procissão ao Mar, está retratada pelo barco.
O cartaz é rematado no seu limite inferior com um padrão representativo das ondas do mar, elemento indiscutivelmente vital para a nossa cidade.